quarta-feira, 11 de junho de 2008

Comerciário é espancado por PMs, após briga de trânsito


Comerciário é espancado por PMs, após briga de trânsito
José Roberto prestou depoimento à comissão de Direitos Humanos da OAB e disse que vai até o fim, para puní-los.


O comerciário José Roberto Martins, 36 anos, que trabalha há 14 no Grupo Claudino, prestou depoimento à Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), sobre as torturas que sofreu feitas por quatro policiais militares no último domingo(08).

No depoimento, José Roberto contou que foi agredido ao encostar no carro de um policial militar, identificado por Francisco Iglenor, na avenida Duque de Caxias, zona Norte de Teresina, por volta das 19 horas. “Não foi uma batida para danificar o carro, tinha apenas um arranhão no retrovisor, mas ele já desceu do carro me agredindo, não deu chance nem para discutir”, informou o comerciário.

Segundo ele, só não apanhou mais porque a população conteve o agressor. De lá, foi para o Hospital Getúlio Vargas (HGV) para cuidar dos ferimentos. No hospital três militares chegaram numa viatura e o identificaram como ter participado da confusão, por isso o levaram a Central de Flagrantes da Vila Maria. Dois dos policiais eram irmãos de Iglenor.

José Roberto disse que foram mais socos e ameaças a caminho da Central. No local, o delegado pediu exame de corpo e delito e novamente os policiais, o levaram espancando até o Instituto Médico Legal (IML). Lá, foi atestado lesão corporal leve.

O comerciário está com os dois olhos roxos, com uma marca do cano do revólver no rosto, hematomas pelo corpo, principalmente nos braços e no peito e uma perna quebrada.

“Estou traumatizado e decepcionado a polícia que deveria proteger o cidadão é a primeira a agredir, ainda temo pela minha vida e vou denunciar até o final. Como podemos viver numa cidade que a polícia que serve para proteger sai agredindo?”, questionou José Roberto.

Ele identificou dois policiais, que seriam irmãos: Francisco Iglenor, que presta serviço na Assembléia Legislativa e o Tenente Iratan, da Companhia da Santa Maria da Codipi.

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